Melhorar a experiência do cliente, optimizar a eficiência operativa da empresa, expandir-se em novos mercados, alinhar todos os negócios apontando para um alvo comum… São algumas das razões para subir ao comboio da Transformação Digital. O mais crucial, no entanto, é que não há alternativa. As estatísticas assim o indicam.
O acesso móvel à Internet é o preferido em todo mundo, segundo constata a edição 2016 do informe Estado da Banda Larga, que acaba de publicar a União Internacional de Telecomunicações (UIT), um organismo dependente das Nações Unidas (ONU). O manual estatístico da UIT assegura um total de assinaturas à banda larga móvel de 3.600 milhões no final de 2016. De facto, quase 50% dos contratos móveis já são de banda larga. A que se deve este furor pelos telefones inteligentes para navegar na Internet? Duas razões decisivas: nos países ricos, os smartphones têm-se popularizado porque são cómodos e de preço cada vez mais acessível, e nos países em desenvolvimento constituem a melhor via para superar a carência de infraestruturas fixas de telecomunicações.
O estudo da UIT tem outros dados impactantes, como os mais de 3.500 milhões de pessoas com acesso à Internet, equivalente a 47% da população mundial. Num só ano, 300 milhões de novos internautas estrearam-se na era digital. A China, com 721 milhões de pessoas agarradas à Rede, é o líder, enquanto a Índia está na segunda posição (33 milhões de utilizadores) e os Estados Unidos cede um posto e fica como terceiro mercado de Internet.
As implicações destes números estendem-se a todos os âmbitos da sociedade, às empresas e instituições, à escala planetária. Não só pelo crescimento do número de cidadãos conectados, mas pela sofisticação e rapidez dessas conexões, já que segundo a ONU existem 165 países com redes móveis 4G.
Os utilizadores das redes sociais expandem-se em paralelo. O WhatsApp exibe números de subida, depois de ultrapassar os 1.000 milhões de utilizadores em Fevereiro de 2016; a Google somou 1.000 milhões mensais no Gmail no final de 2015; e o Facebook tinha 1.130 milhões de utilizadores quotidianos em Junho de 2016. Os jovens estão por trás desta incrível ebulição digital, nomeadamente, a pujante Geração Z. Tal como mostra o relatório da Geração Z, o último salto geracional, realizado pela ATREVIA em colaboração com Deusto Business School, estes jovens têm um ecossistema natural formado por smartphones e tablets, comunicam através do WhatsApp, informam-se na Rede, consomem na Rede, interagem na Rede, influenciam e deixam-se influenciar pela Rede, protestam e agradecem na Rede.
As estatísticas atualizadas pela UIT são um termómetro da saúde digital do planeta e assinalam o caminho a seguir. A Transformação Digital não é uma louvável aspiração, senão uma obrigação para comunicadores, influencers, empresas e marcas que desejem conectar com os seus públicos numa era híper-conectada que não fez nada sem desconectar.