Quando a pergunta é “ o que pode fazer a Comunicação Interna”, a resposta gira em torno de três conceitos-chave: gerar, posicionar e estabelecer alianças. Esta tem sido a pedra angular a partir da qual temos desenvolvido o Observatório da Comunicação Interna.
Agora, os grandes projetos estratégicos das organizações já não têm um só dono e muito menos num meio empresarial onde a excelência operativa e a inovação vão determinar o seu futuro e quando grande parte do sucesso não poderia ser alcançada sem os colaboradores.
Assim, o objetivo fundamental da Comunicação Interna é conseguir o engagement em sentido amplo.
Então, onde está a grande mudança? Na forma como se perseguem os objetivos? Os colaboradores deixaram de ser os espetadores dos propósitos que os seus líderes impõem. Agora são atores protagonistas no processo de consecução dos mesmos. Assim, no novo modelo quem decide é o negócio; quem desenha é a direção e quem empreende são as Pessoas.
E para promover a mudança, as empresas devem apostar em novos modelos de governo que sejam capazes de assegurar a sustentabilidade das mensagens. Os modelos de Comunicação em cascata contam como eixo central com um novo modelo de liderança, onde os comandos intermédios sejam mais Líderes e impulsores que armazenadores de conhecimento e técnicos perfeitos. Precisamos de líderes que inspirem compromisso.
O círculo fecha a imprescindível medição. O mundo empresarial quer conhecer até que ponto o seu investimento e esforço em Comunicação Interna tem impacto e gera resultados notáveis. Mas a medição já não é só questão de KPI anuais, mas sim escuta ativa e feedback contínuo. Conceber modelos de medição contínua põe de relevo uma das grandes tendências discutidas neste foro, o passo de uma comunicação interna que emite informação a uma Comunicação Interna que escuta e reage.
São as Pessoas que dialogam, decidem, e mudam o rumo das organizações.